Após 3 meses nos EUA, o que Bolsonaro vai encontrar ao chegar ao Brasil.
O que está em jogo no caso das joias
A entrada de joias da Arábia Saudita no país implica o ex-presidente. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pelo Senado.
Bolsonaro pode ser convidado a depor para relatar os detalhes de sua versão da história.
Ontem, foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo que Bolsonaro recebeu pessoalmente um estojo que contém um relógio Rolex, abotoaduras, anel, caneta e um masbaha (rosário islâmico) quando esteve em Doha, entre 28 e 30 de outubro de 2019. Seria um terceiro pacote de joias.
Presentes entraram ilegalmente no país. Um outro conjunto de joias, que seria um presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi avaliado em R$ 16,5 milhões e retido pela Receita Federal.
Bolsonaro é formalmente investigado no inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) que apura os responsáveis pelos eventos do dia 8 de janeiro, quando foi destruída parte dos prédios da praça dos Três Poderes.
A investigação deve responder se Bolsonaro incitou a realização dos ataques.
Aliado e ex-ministro da Justiça da gestão Bolsonaro, Anderson Torres está preso sob a acusação de omissão. À época, ele era secretário de Segurança do DF.
Na casa de Torres, a Polícia Federal encontrou uma minuta do que traçava uma tentativa de golpe, estabelecendo um estado de defesa no TSE para mudar o resultado das eleições.
TSE julga inelegibilidade
Para além dos inquéritos criminais, Bolsonaro está na mira do TSE em uma ação que pode torná-lo inelegível.
Ação apura se Bolsonaro cometeu abuso de poder em reunião com embaixadores em julho de 2022.
Ele é acusado de se utilizar do encontro, transmitido pela TV Brasil, para atacar a integridade do processo eleitoral e disseminar desinformação.
Autor da ação, o PDT acusa Bolsonaro de uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político e pede a inelegibilidade do ex-presidente por oito anos.
O espaço de candidato do bolsonarismo também está em disputa. Se, por alguma razão, Bolsonaro não for o candidato novamente na próxima eleição, outros nomes do PL disputam seu espaço.
Michelle Bolsonaro, esposa e ex-primeira-dama, é um dos nomes cotados para assumir o posto. Ela estreou na política em grande evento assumindo a presidência do PL Mulher.
Ontem, em entrevista ao jornal O Globo, a senadora Damares Alves, ex-ministra da Família e Direitos Humanos na gestão Bolsonaro, afastou Michelle do posto e disse que ela não tem interesse: "Hoje o que ela quer fazer é ajudar a fortalecer a direita. (...) Cargo eletivo ela não fala, hoje não está no coração dela", afirmou.
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