Qual acto de contrição, o vice-presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) para as selecções nacionais, Martinho “Paíto” Mucuane, reconheceu que o hotel no qual os Mambas estão hospedados em Dakar, Senegal, não é digno para atletas profissionais.
Martinho Mucuane que partilhou balneário com alguns atletas que ainda hoje representam os Mambas e conhece muito bem as suas dinâmicas e sensibilidades, pediu desculpas aos jogadores e treinadores, tendo, depois, acrescentado que a equipa de avanço que esteve a tratar de toda a logística falhou, ao indicar um campo sem condições para os Mambas treinarem.
“Chegámos aqui, ao terreno, no campo que nos foi oferecido para treinar, contudo é um campo lamentável, um campo sem condições mínimas para a prática de futebol. É de lamentar, de facto. E aproveitar esta oportunidade para pedir desculpas aos jogadores, que são profissionais, por tudo que têm feito. Eles fizeram tantos quilómetros para chegar aqui e, depois, encontram este campo sem condições. Até o próprio hotel não é digno para a selecção nacional”, reconheceu Mucuane em entrevista ao RM Desporto.
À partida dos atletas que evoluem internamente, o vice-presidente da Federação Moçambicana de Futebol para as selecções nacionais assegurou, no Aeroporto Internacional de Mavalane, que havia uma equipa de avanço que estava encarregue de tratar de toda a logística. No entanto, pasme-se, chegados a Dakar, os jogadores e os treinadores depararam-se com situações que não esperavam. Sem rodeios, Martinho “Paíto” Mucuane diz que algo falhou e não hesitou em assumir as responsabilidades.
“Deparamo-nos com esta situação de manhã. Infelizmente, não temos como correr, porque confiamos numa equipa que estava a tratar da logística e, claramente, falhou na escolha deste campo. Nós, como federação, temos que assumir essa responsabilidade”, reconheceu em entrevista aos microfones do RM Desporto.
Esta não é a primeira, nem a segunda, muito menos a terceira vez em que os atletas e treinadores dos Mambas reclamam de melhores condições de treinamento e acomodação. Num passado recente, Zainadine Jr., um dos capitães dos Mambas, chegou mesmo a dizer que a selecção nacional tinha sido acomodada numa “pensão”, fazendo referência a um hotel na cidade da Matola, o qual, por questões éticas, o “O País” omite o nome.
Paíto não tem dúvida sobre o cenário negativo que isto pode trazer para o combinado nacional. Por isso, considera que deve haver mudanças se quisermos atingir outros patamares.
“Se Moçambique almeja ombrear com selecções como Senegal ou colocar-se ao nível de grandes selecções, isso tem que começar connosco como federação e parceiros a criarmos condições para os jogadores.”
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